15 de Julho às 8h30m!
A cerimónia será presidida por S.Ex.a Rev.ma D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, e em nome da Comissão da Fábrica da Igreja de Travanca, convidamos aqui todos os Travanquenses e demais, a estarem presentes num dia que será por excelência, Travanca por Riba!
ATENÇÃO: A hora foi alterada! Por constrangimentos do Sr. Bispo a cerimónia foi antecipada para a hora acima referida.
Até lá...
8 comentários:
Como Travanquense deixo aqui o meu muito obrigado a todos os que contribuíram para que a nova Igreja seja uma realidade.
Obrigado e Bem Hajam
Será sem dúvida um grande dia, senão o maior, na história da nossa paróquia (e freguesia) pois será a inauguração da maior obra, (atrevo-me a dizer!) alguma vez feita na nossa freguesia.
Nós os Travanquenses, todos sem excepção,com as nossas virtudes e os nossos defeitos, com as nossas forças e nossas fraquezas,somos sem dúvida OS MAIORES!!!
Artur Valente disse...
E eu... sou mais um, a juntar-me a vós, e a partihar da mesma alegria .
Que seja um dia histórico .
Olá amigos.
"Deus quer o homem sonha a obra nasce".
Aí está uma máxima que se aplica na perfeição ao empenho de todos os travanquenses, na construção da "nossa" nova igreja. Lindíssima e acolhedora, que seguramente enche de orgulho a freguesia inteira.
Que pena que umas politiquíces de "vão de escada" tenham andado a sobrevoar no "blog".
A construção da nossa igreja é uma demonstração da unidade de um povo que congregou à volta de tão ilustre obra, os seus esforços e as suas economias, quantas vezes em detrimento da sua própria economia familiar.
É deste imensurável orgulho que está imbuida toda a freguesia.
É hora de todos termos, para quem personificou a supervisão de todo o staff, uma palavra sentida de agradecimento, pelo excelente trabalho desenvolvido. Sempre aparecem a crítica fácil "de bancada" e alguns esgares de inveja, por norma a coberto de anonimatos deploráveis.
Mas o que é de facto importante e importa realçar é que a obra "seguramente a mais notória e grandiosa realizada em Travanca" receberá dia 15 próximo a benção de D. Manuel Clemente e acolherá sem mágoas nem tricas, todos os Travanquenses, mesmo aqueles que nela não se revêm.
Pois é... criticar é fácil, fazer é que é difícil, já dizia o povo e com razão.
Isto só para subscrever inteiramente as palavras do Santiago Martins e dar os parabéns a todos os envolvidos e à freguesia em geral.
Um abraço
A PRIMEIRA IGREJA DO SÉC. XXI
Por: Prof. António Magalhães
in Correio de Azeméis
"A freguesia de Travanca inaugura, no próximo domingo, a sua nova igreja. Trata-se da primeira, no nosso concelho, do século XXI, como que estabelecendo a transição com o anterior, já que, apesar da primeira pedra ter sido lançada em 10 de Maio de 2003, certamente o sonho vinha de maior distância.
O século XX ficou a assinalar a inauguração de cinco igrejas paroquiais. A primeira foi a de Ossela, benzida festivamente no dia 19 de Março de 1909, em tempo do Padre António Carmo, oriundo de Macinhata da Seixa. Situa-se no trânsito entre dois séculos: com um subsídio do governo de então, e sob projecto do engenheiro oliveirense António Ferreira de Araújo e Silva, as obras tiveram início em 1882, mas as dificuldades financeiras conduziriam a uma prolongado arrastamento, a que pôs termo a generosidade de José Bento Pereira, que oferecera já aos conterrâneos a Escola de Santo António, e, uma outra vez, assumiu as vultuosas despesas da conclusão.
Seguiu-se a igreja de Loureiro, inaugurada em 1925, na paroquialidade do bondoso Padre Manuel Laranjeira, vindo substituir o arruinado templo do século XVII, do qual aproveitaram ainda algumas paredes da torre e da fachada Sul. O projecto foi do Padre António Maria de Pinho, multifacetada personagem natural de Avanca, freguesia que paroquiou e lhe ergueu um busto. Muitos das casas apalaçadas da região foram construídas sob risco seu, dirigindo a construção da Casa do Marinheiro, residência do Doutor Egas Moniz (hoje Casa-Museu Egas Moniz), gizada pelo consagrado arquitecto Ernesto Korrodi. Figura muito curiosa, presidiu à Câmara de Estarreja e desenhou e montou o automóvel em que se conduzia, importando as peças da França e da Alemanha. Maquinou ainda o seu rádio, aperfeiçoando o tipo de pilhas eléctricas da época.
Vem depois a igreja de Madail, desenhada por Rogério de Azevedo, um arquitecto portuense com vasta obra, tendo sido encarregado pelo Ministro Duarte Pacheco da elaboração do projecto dos edifícios a construir para o ensino primário, na zona Norte, do chamado Plano dos Centenários, ao abrigo do qual se ergueram pelo país algumas dezenas de milhar de salas. Foi inaugurada em 1951, concretizando o arrojado sonho a que deu corpo a vontade férrea do Padre Manuel Soares de Albergaria. Pensemos que Madail era, então, um humilde povoado rural com 580 habitantes.
Outro arquitecto portuense, Fernando Lanhas – possuidor de um percurso que se estendeu, com reconhecido êxito, à pintura, divagando ainda pela poesia, arqueologia, astrologia e geologia – projectou a igreja de Macieira de Sarnes, inaugurada em 1953, mercê do arrojo do Padre Manuel Gomes Resende. Curiosamente, Macieira de Sarnes ocupava, então, a 18.ª posição entre as dezanove freguesias do concelho, imediatamente a seguir a Madail.
A última do século XX é a de Pindelo, inaugurada em 1984 pelo entusiasmo do Padre Elias Rocha. Tem a especial particularidade de a haver planeado um filho da terra, o conhecido Arquitecto José Gomes Fernandes, que, dadas as características “revolucionárias” para a época, teve, naturalmente, de vencer as habituais resistências. O tempo, o melhor mestre, confirmaria a funcionalidade do templo.
15 de Julho de 2007 fica a assinalar a primeira inauguração do século XXI. Reconhecidamente uma hora de grande júbilo para o generoso povo travanquense, que parece ter ouvido uma outra vez o grito de guerra do Professor Amadeu Bodas: “Travanca por riba”. Desenhou-a Jaime Silva, um jovem e promissor arquitecto do nosso concelho.
Entrecruzaram-se duas correntes de opinião: de um lado os que sugeriam a remodelação e ampliação da velha igreja, construção humilde e de qualidade modesta, a remontar, talvez, ao século XVII, ou mesmo XVI, havendo sofrido, no longo dos tempos, várias alterações; do outro lado perfilavam-se os que pugnavam por uma igreja nova, levantada de raiz. Haveremos de compreender as hesitações dos primeiros: era a relíquia de sucessivas gerações que os precederam, ali se casaram, ali levaram os filhos a baptizar, ali acompanharam os entes queridos na última viagem… e tudo isto marca. O tempo, contudo, encarregar-se-ia de gerar a harmonia e todos, sob a batuta serena e dialogante do Padre António Santiago, com o dinamismo da Comissão Fabriqueira e a generosidade de conhecidos beneméritos, galvanizaram a comunidade e geraram o movimento que conduziu à concretização do acalentado sonho.
Dia grande para Travanca. Hora de gratidão para quantos, de qualquer modo, se empenharam nesta arrojada aventura. Momento ainda para evocar a memória dos que sonharam também a nova igreja, por ela se sacrificaram, mas, tocados pela implacável lei da morte, não podem, fisicamente, compartilhar as alegrias do próximo domingo."
Na sequência da visita de D. Manuel Clemente à nossa paróquia convido todos a ouvir as suas sábias palavras à Rádio Renascença e RTP 2 transmitidas hoje mesmo.
http://www.rr.pt/PopUpMedia.Aspx?FileTypeId=1&FileId=340738&ZoneId=20
Enviar um comentário